Ermelinda

Ermelinda de Almeida nasceu em Fortaleza-CE em 1947, mas aos 14 anos foi morar com irmã Maria em São Paulo-SP. Três anos depois foi para o Rio de Janeiro cuidar do filho recém-nascido de sua irmã Isabel e lá vive até hoje. Durante boa parte de sua vida trabalhou como costureira. O interesse pela pintura surgiu por acaso em 1994, quando passou por um quadro de dificuldades e depressão. Uma amiga sua chamada Maria Torres a aconselhou a procurar um curso de pintura como uma forma de terapia. No inicio hesitou, até que um dia começou a freqüentar as aulas do Prof. Tancredo de Araújo no SESC. Não tardou muito para desistir. (...) Não adianta me chamar para a pintura. Não tenho interesse, não vou nunca pintar nada. Naquele dia eu estava tão para baixo (...) Estava deitada e comecei a conversar com Deus. (...) O que eu estou procurando, o que eu devo fazer?” Levantei, peguei lápis e papel e comecei a desenhar. Aí falei: “agora eu volto para o curso”. Lá no curso, falei pro professor: “olha, aconteceu isso comigo”. Nessa época nem se falava muito em pintura naif. Ele me disse que era por ali o meu caminho. Aí eu disparei (...) De repente, sempre de madrugada, vem na minha mente: “Eu vou pintar!” O quê eu não sei, porque eu nunca planejo os desenhos; simplesmente pego lápis e papel e é como se alguém pegasse a minha mão e me fizesse fazer o desenho (...), conta Ermelinda.

Ermelinda. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

As obras que surgem na madrugada são diferentes daquelas que resultam de encomendas, embora a técnica seja a mesma. Os quadros que pinta durante o dia exige dela estudo, observação, uso de fotografia. Começou quando foi convidada a pintar uma tela para uma exposição cuja temática era a Copa Mundial de Futebol. Ela conta que essa experiência tirou dela a inibição diante da tela em branco, abrindo caminho para a sua criação. Ermelinda começa um quadro com um desenho a lápis em papel, depois fotocopia o desenho nas dimensões da tela que vai ser usada. A cor azul de fundo é predominante em seus quadros. Após pintar a tela, ela risca o desenho e em seguida contorna a figura com o pincel. A tinta acrílica é a sua preferida.

Ermelinda, Baianas de Candomblé, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

 Ermelinda, Oxalufã e Oxaguiã, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

Ermelinda, Baianas coloridas, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

(...) Hoje não sei mais viver sem o meu pincel. Quanto mais eu pinto, mais vontade tenho de pintar. Isso é uma maravilha. (...) Não escolhi a pintura naif, a pintura naif me escolheu, conta a artista.

Ermelinda participa com freqüência de exposições coletivas, bienais e já recebeu vários prêmios. Começou a expor sua obra em 2000 numa exposição coletiva no Musée de la Création Franche (Bégles, França). A primeira exposição individual teve lugar no Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, 2002). Em 2010, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (Rio de Janeiro) inaugurou outra exposição individual intitulada “Pinturas de Ermelinda” na Sala do Artista Popular. Dentre os prêmios recebidos destacam-se: a Palheta de Ouro no Salão da Fundação Casa do Estudante (2002), o Prêmio Aquisição na Bienal de Arte Naif do Sesc de Piracicaba (2004) e a Placa de Ouro no I Salão de Artes Plásticas, da Associação de Adminstração Estadual, Rio de Janeiro (2005).

Fonte:
Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”. Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Sala do Artista Popular, n 160, Rio de Janeiro, 2010.

 Ermelinda, A mulher e os pássaros, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

Ermelinda, arraiá, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

 Ermelinda, S. Jorge, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.
 
 Ermelinda, Santa Luzia, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.
 
 Ermelinda, a vendedora, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Catálogo da exposição “Pinturas de Ermelinda”, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Rio de Janeiro-RJ.

41 comentários:

  1. Lindos seus trabalhos e sua história! Um beijo E/linda...

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  2. me ajudou muito em um trabalho da escola, parabens. continue assim! :)

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  3. lindo trabalho! como fco para comprar uma obra da senhora? parabens!!

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  4. nossa esse site vai me ajudar totalmente com trabalhos de escola , parabéns !

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  5. Assisti a um especial no canal Arte 1 e adorei o trabalho e principalmente a humildade da artista. Parabéns! Gostaria muito de conhecê-la pessoalmente algum dia.

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  6. Adoro seus trabalhos, especialmente um que vi no documentário, uma escrava com "tapume" nos rosto...

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  7. sou o joao castro gostaria de conhecer a e milia entre contato comigo

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  8. Como ter acesso a uma obra de Ermelinda? Estão a venda?

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  9. Seu trabalho é lindo! Parabéns!

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  10. Tem mesmo uma inspiração divina nas pinturas de Ermelinda!

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  11. Olá Ermelinda? Seu quadro de São Jorge está à venda?

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  13. Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Você nem me conhece, você nunca falou comigo na faculdade e fica falando mal de mim para membros do DCE, que também não me conhecem.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Quem fica "pegando os outros para cristo” é você, que fica falando mal de gente, que nunca fez uma disciplina junto com você.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Quer saber de uma coisa, pode registrar um boletim de ocorrência contra mim, melhor registrar dois boletins de ocorrência contra mim.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Se você tem a capacidade de falar mal de quem nunca te fez nada, você também tem a capacidade de registrar um boletim de ocorrência contra mim.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Você não sabe onde eu moro, onde eu moro é tão perigoso, que nem a clínica da família escapou da violência.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Na minha rua tem uma boca de fumo e em frente a minha casa funciona um ferro velho clandestino, que fornece material para os traficantes fazerem barricadas.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Esses seus amiguinhos do cafar não prestam, você não sabe do que eles são capazes.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Você ainda foi eleito, como diretor de políticas na atual gestão do cafar, uma eleição que só teve uma chapa participante, ser membro do cafar é algo tão ruim, que ninguém quer ser.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Você só foi eleito como diretor de políticas, porque não havia outra chapa participante, não há como alguém que fica falando mal dos outros, igual a você, ser eleito como diretor de políticas, caso houvesse outra chapa participante.

    Era só o que me faltava, um cara que nem me conhece, falando mal de mim prós outros. Eu acho que ser psicopata é pré-requisito para ser membro do cafar.

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